Um menino. Desses tipo guri sonhador que sonham em um dia ser jogador de futebol profissional. Jogam brincando, sem precisar fazer grande esforço para conduzir a bola. Fazem do futebol sua arte e a executam tão bem que fazem parecer fácil. Porém possuem um problema. Continuam meninos para sempre.
20 anos se passaram. Voaram, literalmente. Nesse tempo, se construiu um ídolo. Muito mais do que isso. Um fenômeno. Nunca ouve um jogador com tamanha explosão em uma arrancada para contra ataque. Um camisa nove nato. Matador de primeira linha. Maior goleador em Copas do Mundo. Melhor jogador do mundo FIFA 3 vezes.
Uma trajetória que parece até um conto de fadas. Mas um conto de fadas não existe na vida real. Não existem. É aquela coisa: a mão que afaga é a mesma que bate. A vida é cruel e simples assim...
O mundo não é perfeito. Por isso que é tão fascinante. Porque um menino carente não poderia ser um ídolo pleno, sem problemas? Porque ídolos perfeitos não existem. Eles são incrívelmente simples como qualquer um. E pecam aonde todos pecam. Mas como são ídolos, o mínimo erro se torna em um atentado a humanidade. Um crime.
Por toda a pressão que um ídolo sofre faz um menino ter problemas. Sair do seu foco. Perder estímulo com aquilo que o fazia sorrir. E com isso vem a reboque problemas na execução da sua arte. Ela fica defeituosa, tosca e até prejudica o artista.
Mas tudo isso é acobertado pela imagem de ídolo. O menino sente-se imbatível pela "referência" que a sociedade dá a sua imagem. Com a ilusão de ibatível vem uma série de fracassos que desgasta o ídolo. Ou pior: o menino.
Queda. Desgaste. Resultados que geram uma ideia da busca do infinito, com a realidade do inalcançado. Algo que pode durar meses, anos ou décadas...
E no final, não é eu, nem você que vai ser prejudicado. Nem o ídolo da imagem de fenômeno do Ronaldo. Esse tá imortalizado na história do futebol. Quem realmente vai ser prejudicado é o menino...
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